Defasagem do Frete

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Na reunião do Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado (CONET), ocorrida na semana passada, em Bento Gonçalves (RS), empresários do setor de transporte rodoviário de cargas debateram os índices da pesquisa realizada pela NTC&Logística com as empresas do segmento, que apontou a defasagem tarifária de 9,81% para cargas fracionadas e de 22,9% para cargas lotação ou fechadas, e que cuja análise é feita no comparativo dos fretes praticados no mercado e os custos efetivos da atividade, desconsiderando o lucro das empresas.

Além dos índices, a sondagem realizada entre junho e julho deste ano trouxe, também, dados sobre o panorama do setor, uma vez que 77% dos empresários afirmaram queda no desempenho financeiro de suas empresas e 65% está com veículos parados, atingindo 11% da frota.
Segundo o presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes, o histórico da defasagem é grande, mas o empresário precisa se lembrar de que a crise, uma hora, vai passar, e que será ainda mais difícil o processo de retomada para quem negociou seu frete no limite ou abaixo dele. José Hélio ressalta, ainda, que a defasagem do frete tem sua origem tanto no acúmulo das defasagens ao longo dos anos quanto na inflação dos insumos que compõem seu custo, como combustível, salários e manutenção de veículos. “As principais altas nos últimos 12 meses se verificaram nos insumos de óleo diesel, salários, despesas indiretas, manutenção e lavagem”, informa o líder nacional.
O presidente da entidade assinala, também, que, apesar dos números apresentados pelo setor, a solução não passa pela redução do valor do frete, pois a história mostra aonde se chega com essa prática – transportadoras fechando com terminais lotados de carga. José Hélio também alerta para o fato de que há uma defasagem a ser eliminada entre o frete cobrado e os custos de transporte apurados pela NTC. Valores alarmantes, segundo ele, quando se observa que a maioria dos impostos e a margem de lucro não são consideradas nos cálculos de custos realizados pela entidade. “Assim, aquelas empresas que não ajustaram seus preços aos novos custos devem fazê-lo o mais rápido possível, antes que os mesmos agravem suas finanças e comprometam seu futuro de forma irreversível”, recomenda o presidente da NTC&Logística.

 

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